A Escola Estadual Rodrigues Alves, é um ícone paulista no Paraíso. Escola pública que foi fundada em 1909, dez anos antes da inauguração do prédio atual. O nome da escola foi dado em homenagem ao quinto presidente do Brasil Rodrigues Alves, que morreu no ano em que a escola foi aberta. Atualmente a escola é a única instituição de ensino da rede pública na Avenida Paulista.
O prédio onde se localiza atualmente foi projetado pelo arquiteto brasileiro, Francisco Ramos de Azevedo em 1909. Desde o processo de tombamento realizado pelo CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico), o prédio passou a ser patrimônio histórico.
A escola era conhecida antigamente como Grupo Escolar da Avenida Paulista ou Grupo Escolar Rodrigues Alves, assim como eram conhecidas outras escolas no começo do século XX.
Conheça um pouco mais da história da escola
O prédio inaugurado em 7 de setembro de 1919 é mais uma obra do escritório do renomado arquiteto Ramos de Azevedo. No prédio da Escola Estadual Rodrigues Alves podemos encontrar então vestígios da arquitetura neoclássica urbana. A parede pintada com a cor amarela está dentro das características do neoclassicismo. A entrada com a porta em formato de arco pleno, a parede frontal com detalhes salientes e a presença de vidros coloridos em algumas partes do prédio também fazem parte desse arranjo neoclássico.
Antes de ser nomeada de Escola Estadual Rodrigo Alves, a escola era chamada de Escolas Reunidas da Avenida Paulista, que foi seu primeiro nome e depois de Grupo Escolar Rodrigues Alves.
O prédio ficava localizado na esquina da Avenida Paulista com a Rua Pamplona, não era próprio, era um espaço alugado onde o governo era quem pagava o valor ao proprietário. Para resolver esse problema mudou-se posteriormente para o endereço atual.
Apesar de, na época, o endereço concentrar residências de grandes empresários e fazendeiros, a escola que, na mudança, foi rebatizada com o nome de Grupo Escolar Rodrigues Alves, não foi criada para receber os filhos da elite paulistana do início do século passado, o objetivo do novo colégio era propiciar boa educação aos filhos de comunidades menos abastadas. A nova escola surgiu por conta da política de disseminação da escolarização elementar, que foi adotada pelo Estado de São Paulo durante a Primeira República.
A escola abriu as portas para proteger as crianças e soldados debaixo do seu teto, durante a Revolução Constitucionalista de 1932. Já em 1960 abriu-se quatro classes especiais destinadas à crianças com deficiência com a supervisão da AACD (Associação de Assistência à Criança Defeituosa).
De acordo com as informações do livro do processo de tombamento histórico, o Grupo Escolar da Avenida funcionava das 08h00 ao 12h00 e de 12h30 às 16h30, educando todos os dias cerca de 200 alunos. Atualmente, a escola tem 2.600 alunos.
Recentemente, entre julho de 2003 a julho de 2005, aconteceu a restauração do prédio, patrocinada pelo Banco Real, atualmente Banco Santander. Foram trocadas as janelas, instalações elétricas e hidráulicas, grades e pinturas. Uma curiosidade é que por não haver cores que se aproximavam do amarelo original aqui no Brasil, a tintas tiveram que ser importadas da Itália.
As casas da Avenida Paulista que continham ares neoclássicos e europeus foram sendo gradativamente demolidas para darem lugares a prédios espelhados, pois obras costumam refletir a ideia dominante e o contexto de cada época. Sendo assim, junto com a Casa das Rosas, das diversas demolições a Escola Estadual Rodrigues Alves é um dos pouco que se mantém inteiro até os dias atuais.
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